Em defesa de Cristo: comentários aleatórios, periféricos e desnecessários, porém interessantes



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Depois de inúmeras recomendações, acabei de assistir ao filme "Em defesa de Cristo" (The Case for Christ). Minha intenção não é fazer uma resenha do filme; já devem existir muitas e ótimas resenhas por aí. Ao invés disso, pretendo fazer aquilo que considero um conjunto de comentários aleatórios, periféricos e desnecessários, porém interessantes. São curiosidades que percebi ao longo do filme e que pretendo compartilhar logo adiante.

Para não passar em branco, no entanto, cito aqui a sinopse da wikipédia:

Em 1980, Lee Strobel é jornalista investigativo ateu no Chicago Tribune. A nova fé de sua esposa, Leslie, perturba seu casamento. Ele então começa a pesquisa para provar que Jesus Cristo nunca ressuscitou...



No momento em que escrevo, o filme está disponível no Youtube num link não oficial (e não sei por quanto tempo) e também para aluguel no Youtube Filmes, por R$ 3,90. Nesse momento, o filme não está disponível no Netflix. O filme é baseado no livro com o mesmo nome.



Feita essa introdução, e tentando não dar muitos spoilers, vamos às curiosidades que fui percebendo ao longo do filme. Vale ressaltar que todos os links levam a maiores detalhes, artigos e vídeos sobre os assuntos aqui narrados.

A Willow Creek e Bill Hybels

O primeiro fato a destacar é que a igreja que a esposa de Lee Strobel vai é a Willow Creek Community Church, fundada por Bill Hybels em 1975. A história do filme se passa em 1980, e na época a Willow Creek não tinha ainda sua gigantesca sede nos arredores de Chicago. Eles se reuniam em um cinema no centro da cidade, como bem mostra o filme. O ator que interpreta Bill Hybels também lembra sua origem holandesa. 

Como Lee Strobel morava em Chicago e era jornalista no Chicago Tribune, as coisas vão se encaixando, o que é muito importante num filme baseado em fatos reais. Vale destacar também a relevância da Willow Creek já na época, bem como o papel fundamental da igreja no processo de conversão primeiro de sua esposa Leslie e depois dele.

Músicas

Duas músicas me chamaram a atenção no filme. A primeira, uma canção que é cantada na primeira vez que Lee Strobel vai à igreja a convite de sua esposa Leslie. Quando eles entram na igreja a banda está tocando You Put This Love In My Heart (Você Colocou Esse Amor Em Meu Coração), clássico de Keith Green de 1977. Pra um fã de Keith Green, é impossível não notar. Como falar de Keith Green envolveria falar de sua incrível vida e obra, suas canções e o legado que persiste até hoje, além de ter que falar do Jesus Movement (Movimento de Jesus) e de tudo o que ele representa, resumo deixando um link pra um excelente documentário sobre ele.




A outra música que me chamou a atenção foi usada como trilha no momento em que ele começa a sua busca pelos fatos. Nada mais apropriado para esse momento do que tocar o clássico Carry On Wayward Son, um dos maiores sucessos da banda de rock Kansas, lançada em 1976. A tradução do nome da música, "Continue, filho rebelde". Se encaixa no momento do filme como uma luva. 


Vale lembrar que alguns anos depois do lançamento desse álbum, pelo menos dois membros do Kansas se converteram ao Evangelho e saíram da banda, sendo o mais famosos Kerry Livgreen, que formou a banda AD, entre outros trabalhos. Anos depois, entrou na mesma banda John Elefante, um dos maiores produtores, compositores e cantores da música cristã contemporãnea. 



Resumindo, a escolha das músicas, tanto uma música declaradamente cristã, quanto a outra, de uma banda secular, porém com uma bela história que leva ao Evangelho, foram muito boas. Além do mais, as músicas encaixam perfeitamente na história, tanto em termos de letras, quanto do sucesso que fizeram na época em que se passa o filme. Excelente trabalho.

Personalidades

Algumas pessoas citadas no filme me chamaram a atenção. No momento em que Lee procura um especialista sobre a ressurreição para começar sua investigação, ele vê um cartaz de um debate desse especialista e fala que ele havia debatido com um grande ídolo dele, Antony Flew. Antonhy Flew foi um famoso filósofo inglês, que morreu em 2010 com 87 anos de idade. Era um ateu convicto, contemporâneo de C. S. Lewis (com quem travou debates violentos) e escreveu artigos importantíssimos, deixando o próprio Lewis atordoado na época, tamanho o brilhantismo de suas argumentações. O que é interessante é que, ao final de sua vida, Antony Flew escreveu um importante livro chamado "Um ateu garante: Deus existe". É um livro excelente, infelizmente esgotado nesse momento. Na sua busca pela verdade, que levou a vida inteira, Antony Flew acabou encontrando a Deus. 

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Outra pessoa relevante com quem ele conversa, esse ao telefone, é alguém que ele chama de "Bill Craig". William Lane Craig é um filósofo e teólogo cristão, autor de inúmeros livros em defesa da fé e um dos maiores debatedores do nosso tempo. Ele é um verdadeiro rolo compressor, como o vídeo abaixo mostra.


Por fim, há uma linda citação de C. S. Lewis:

O cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser "mais ou menos" importante.

O cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser "mais ou menos" important... Frase de C. S. Lewis.

Vale lembrar que a conversão do próprio C. S. Lewis foi muito parecida com a de Lee Strobel. Depois de um tempo de luta contra as evidências, Lewis se rende a Deus num momento em que ele mesmo se descreve como "o mais relutante dos convertidos".

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O que você achou desses breves comentários? O que achou mais interessante? Você percebeu algum outro detalhe que gostaria de ver incluído? Ficou mais curioso pra ver ou rever o filme? Escreva nos comentários!

Atualização: preciso incluir nas minhas observações um comentário sobre a cena do batismo de Leslie, esposa de Lee Strobel. Essa cena me lembrou muito uma cena semelhante de batismo do clipe da música "Richest One" da Resurrection (Rez) Band. Já estou preparando um texto sobre essa música e coloco o link aqui. Vale lembrar que a Rez Band é também de Chicago, como o Lee Strobel. Será que o batismo foi no mesmo rio? Outra curiosidade é que a Rez Band, fundada em 1972, foi uma das principais bandas do  Jesus Movement (Movimento de Jesus), assim como Keith Green.



Comentários

  1. Excelente texto Marco André! Adorei as referências e fiquei mega curiosa pra ver o filme! Obrigada!

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