A visibilidade do Deus invisível, por John Stott

A visibilidade do Deus invisível
John Stott


É um fato que Deus é invisível. Ninguém nunca o viu e a própria invisibilidade de Deus sempre constituiu um importante problema para a fé.

Nos dias do Antigo Testamento, os judeus foram ridicularizados pelos seus vizinhos pagãos. “onde está o seu Deus agora? Nós não podemos vê-lo. Venha para nossos templos e nós vamos mostrar-lhes os nossos deuses. Eles são visíveis, eles têm ouvidos e olhos e bocas. Mas onde está o seu Deus?” O povo de Deus ficava embaraçado por estas provocações pagãs e respondia: “Verdade, seus deuses têm olhos mas eles não podem ver, eles têm boca mas não podem falar. Nosso Deus, no entanto, não tem olhos nem boca mas ele pode ver e falar.” (Salmo 115: 2-8)

O mesmo problema confronta secularistas científicos hoje. Treinados para usar o método empírico, eles são céticos em relação a tudo o que não é passível de investigação pelos cinco sentidos. Eles se recusam a acreditar no que eles não podem ver. Como, então, Deus resolveu o problema de sua própria invisibilidade? A primeira resposta é dada em João 1:18: “Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido”. Jesus Cristo é a imagem visível do Deus invisível (Colossenses 1:15). Como ele mesmo disse, “quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14: 9).

Isso é maravilhoso, as pessoas podem responder – mas isso também foi há dois milênios. Não há nenhuma maneira em que o Deus invisível se torna visível hoje? Sim existe. 1 João 4:12 começa com exatamente as mesmas palavras, “Ninguém nunca viu Deus” - mas em vez de continuar que o Filho o fez conhecido, ele continua - “Se nos amamos uns aos aos outros, Deus permanece em nós …”. É certamente uma das sentenças que mais tira o fôlego no Novo Testamento. Ela declara que o mesmo Deus invisível, que uma vez se fez visível em Cristo, agora se torna visível nos cristãos – se amarmos uns aos outros. Não há prova mais convincente da realidade do Deus vivo, do que o amor que anima a comunidade cristã.

Comentários

  1. Marco, parabéns pela publicação do artigo acima. Penso que a maioria dos "cristãos" deveriam ler, compreender e procurar viver assim. Grande abraço, amado! Emilio.

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    1. Obrigado pelo comentário. Você é o Emílio dos velhos tempos de SOCIESC?

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